Design de Interação, programadores e empreendedorismo


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Concluí em 2010 a pós-graduação em Design de Interação da PUC Minas.

Muitos amigos programadores já me perguntaram por que escolhi fazer o curso se eu não sei desenhar.

Infelizmente, a palavra design no Brasil está desgastada e geralmente está relacionada na cabeça de algumas pessoas, com estética, desenho, arte, firula.

Vários profissionais já se intitulam como Cook Designer, Hair Designer e até Designer de Sobrancelhas. Já existe até um Carro Design, que poderia ser pendurado na parede. Essas ideias estão erradas.

O que é design?

Segundo a Wikipédia “Design é qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato.

Esse processo normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.”

Um programador lê essa definição e pergunta: – “Então eu posso ser considerado um designer de software?”

Se você observa um problema, consegue imaginar que ele pode ser solucionado com software, faz o projeto, programa, entrega para o cliente e vai o melhorando a medida que vai surgindo novas necessidades, sim.

Os programadores que não estão alterando o kernel do Linux ou aprimorando o algoritmo de busca do Google, e precisam desenvolver interfaces gráficas (as famosas telas do sistema), estão na verdade projetando uma interação entre as pessoas e as máquinas.

Alguns se preocupam somente com as tecnologias e técnicas utilizadas, Ruby, Java, Banco de Dados, UML, TDD, ETC e esquecem das pessoas – popularmente conhecidas como USUÁRIOS – que utilizarão aquele software. Então essas pessoas acabam sofrendo inconvenientes como este.

Isso não acontece porque o programador é mal ou o usuário é burro.

Acontece porque o programador tem o modelo mental diferente do usuário. Segundo Kenneth Craik “Modelo mental refere-se à maneira com que utilizamos nossos conhecimentos já adquiridos para tentar adivinhar ou prever o funcionamento de determinado artefato ou aspecto do mundo físico.”

É por isso que sendo um programador, entro no site do banco usando a última versão do navegador Chrome, vejo que não funciona e rapidamente troco para o navegador Internet Explorer da Microsoft, “resolvendo” dessa maneira o meu problema.

A ação do usuário leigo – maioria absoluta da população – seria ligar para o teleatendimento do banco, e perder vários minutos da sua vida tentando resolver um problema, que não era para existir.

O que é design de interação?

O design de interação entra nessa história toda como um conjunto de vários métodos e técnicas para ajudar os programadores a desenvolverem aplicativos fáceis de usar.

Assim como é possível testar um código em Java, para diminuir a quantidade de bugs, também é possível testar a interface gráfica, para ver se os usuários não irão ter dificuldades em usá-la, ficarem frustados e mudarem para o software do concorrente.

Uma outra técnica útil é a prototipação, que nada mais é que, rabiscar uma interface no papel ou em um software como o Pencil ou Balsamiq Mockups, e mostrar para o usuário, para ver se o que ele quer é aquilo mesmo. Então só depois disso começar a escrever linhas de código.

Para os programadores empreendedores, que querem desenvolver seus produtos e ganhar milhões, o design de interação é uma ferramenta sensacional, pois temos condições em criar software que as pessoas realmente precisam, gostam de usar, e por consequência pagarão por isso $$.